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terça-feira, 3 de abril de 2012

CGU vai investigar ex-assessor do Ministério da Saúde #POLITICA



Edson Pereira de Oliveira diz ter sofrido pressão de parlamentares para intermediar a indicação de dirigentes para os hospitais federais do Rio



BRASÍLIA - A Controladoria Geral da União (CGU) abriu na segunda-feira sindicância para investigar o ex-assessor especial do Ministério da Saúde, Edson Pereira de Oliveira, que diz ter sofrido pressão de parlamentares para intermediar a indicação de dirigentes para os hospitais federais do Rio, conforme denúncia da revista "Veja". Como ele saiu do governo em dezembro de 2011, a investigação pode transformar a exoneração em destituição, deixando Oliveira impedido de assumir cargos na administração federal. O assessor era próximo ao ministro Alexandre Padilha, que também pediu a abertura de inquérito à Polícia Federal.
Em entrevista à "Veja", Oliveira admitiu que recebeu R$ 200 mil, por meio de laranjas, para quitar dívidas de campanha eleitoral na Bahia. Em troca, disse ele à revista, um grupo de parlamentares fluminenses o pressionou para comandar os hospitais federais, alvos de denúncias de desvio de verba. A própria CGU contabilizou prejuízo de R$ 124 milhões, de R$ 887 milhões fiscalizados. Dezenas de contratos foram cancelados.
Padilha conhece Oliveira há mais de 20 anos e teria sido supreendido pela notícia do envolvimento do assessor com os parlamentares no começo da semana passada. Ambos trabalharam juntos na Secretaria de Relações Institucionais da presidência, no governo Lula. No sábado, durante entrevista, Padilha classificou a denúncia como gravíssima.
Até ontem, uma varredura feita pelo gabinete do ministro da Saúde não encontrou nenhum indício de que o suposto acordo de Oliveira com os parlamentares tenha sido cumprido. O GLOBO procurou o ex-assessor, mas ele não foi localizado.

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