Fomento Paraná libera R$ 8 milhões para Ferroeste adquirir locomotivas #cienciaetecnologia, #economia, #POLITICA

A Fomento Paraná repassou esta semana um total de R$ 8 milhões para a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – Ferroeste aplicar na compra de cinco novas locomotivas. O edital para aquisição das máquinas será lançado nos próximos dias. Será a primeira vez desde sua criação, em 1988, que a Ferroeste investirá em locomotivas próprias. As novas máquinas permitirão à empresa dobrar a sua capacidade de tração. 

“A licitação para a compra das novas locomotivas, autorizada pelo governador Beto Richa em dezembro de 2011, é uma conquista não só da Ferroeste, mas também das cooperativas, empresas e produtores, especialmente da região Oeste”, afirmou Maurício Querino Theodoro, presidente da Ferroeste, que é uma sociedade de economia mista vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Logística. 

Os recursos serão garantidos pela Fomento Paraná como parte do esforço do governo do Estado para recuperar a infraestrutura do Estado. “Estamos seguindo as determinações do governador Beto Richa, fortalecendo a posição das empresas públicas do Paraná, buscando atender melhor o setor produtivo do nosso Estado”, disse o diretor-presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho. 

Segundo o diretor administrativo e financeiro da Fomento Paraná, Heraldo Alves das Neves, os recursos são oriundos do FDE (Fundo de Desenvolvimento Econômico). 

CAPACIDADE DOBRADA – O edital a ser lançado prevê a compra de locomotivas de três mil HP, que permitirão à Ferroeste mais que dobrar a sua capacidade de tração. Atualmente, a companhia conta com sete locomotivas, com potência entre 1.300 e 1.600 HPs. 

A licitação para aquisição das locomotivas será realizada na modalidade pregão presencial, do tipo menor preço global. O valor máximo da operação, segundo o presidente da companhia, é de R$ 8 milhões. 

O prazo para entrega das locomotivas será de até 120 dias corridos ou, no caso de as locomotivas se encontrarem no exterior, de até 180 dias corridos – sempre contados da data da assinatura do contrato. “Acreditamos que para a safra de 2013 já estaremos operando com os novos equipamentos”, prevê Theodoro. 

“A concorrência certamente terá alcance nacional”, ressaltou o presidente da Ferroeste. Segundo ele, a compra das novas locomotivas é um grande passo no sentido de, em médio prazo, alcançar o desejado equilíbrio financeiro da empresa. 

“Quando assumimos, a Ferroeste estava operando com três locomotivas de 1.300 e 1.600 HPs. Recuperamos algumas máquinas e hoje estamos operando com sete locomotivas”, diz Theodoro. “Isso foi possível graças ao compromisso do governo do Estado com o segmento do setor produtivo abrangido pelo Corredor Ferroeste. A integração de cinco novas locomotivas à frota dará um novo impulso à Ferroeste.” 

REFORMA – Maurício Querino Theodoro informou que as oficinas da empresa, instaladas em Guarapuava, estão liberando mais uma locomotiva, a de número 9137, totalmente restaurada. A locomotiva estava parada desde 2009 e era considerada inservível. A máquina restaurada vai para o trecho com uma particularidade, ressalta Theodoro: “Pela primeira vez demos nome a uma locomotiva. Nós a batizamos de Sacramento”. 

Segundo ele, o nome “é uma justa homenagem ao pessoal do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), na pessoa do coordenador de Patrimônio Ferroviário, Luciano Sacramento, que tanto está contribuindo com a empresa”. De acordo com Theodoro, a restauração só foi possível devido à doação, pelo DNIT, de peças de reposição à Ferroeste. “Essa é uma prática que a Ferroeste deve adotar daqui por diante”, informa o presidente. 

O material doado pelo DNIT pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e estava armazenado em diversos barracões desde a privatização da estatal. São peças de vários tipos que permitiram a restauração da “Sacramento” e vão ser usadas como material de reposição na empresa por vários anos