Páginas

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Deputado diz que Cachoeira, Delta e Agnello se juntaram para grampeá-lo #OGlobo #POLITICA #CPIdoCachoeira

Fernando Francischini integra da CPI mista que investiga as relações do contraventor

Publicado:



‘Agnello pediu, a Delta executou e o Cachoeira pagou’, disse Fernando Francischini
Foto: Agência Câmara
‘Agnello pediu, a Delta executou e o Cachoeira pagou’, disse Fernando Francischini
Agência Câmara


CURITIBA - O deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou nesta segunda-feira gravações de interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal que, segundo ele, provam que o governador do Distrito Federal, Agnello Queiroz, a construtora Delta e o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, atuaram juntos para grampeá-lo ilegalmente.

- Agnello pediu, a Delta executou e o Cachoeira pagou - resumiu o deputado, que integra a CPI do Cachoeira.

- As conversas divulgadas hoje mostram que interceptaram minhas ligações e que foi o Cachoeira quem pagou, por solicitação da Delta, serviço feito por um policial federal do mal, que deveria estar preso e demitido - afirma o deputado, que é delegado federal.
As escutas apresentadas registram conversas telefônicas gravadas na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, nos dias 30 e 31 de janeiro e no dia 4 de fevereiro.
As conversas são entre Cachoeira; Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, braço-direito de Cachoeira; o policial federal de nome Tomé, que teria grampeado Francischini; e o ex-policial civil Marcelo de Oliveira Lopes, que era assessor do chefe de Gabinete do governador do Distrito Federal. Giovanni Pereira da Silva, contador de Cachoeira que está foragido, é citado nas conversas, quando Dadá diz a Tomé que vai “cobrar mais tarde do Giovanni lá, que é o menino do pagamento, ver se ele fez o depósito”.

Segundo Francischini, o interesse em grampeá-lo era a busca de informações, pela Delta e pelo governo do DF, sobre investigações da liberação de um terreno nos arredores de Brasília, para a Delta fazer um lixão.

A empresa teria pago propina pela liberação do uso do terreno. O grupo que fez e pagou as escutas ilegais teria interesse também em informações de Francischini sobre investigação de pagamento de propina por uma empresa farmacêutica a Agnello, quando ele diretor da Anvisa.
- Tenho certeza de que o governador Agnello Queiroz está envolvido - afirmou o parlamentar.
O deputado federal abriu guerra contra 50 perfis fakes nas redes sociais que publicam informações falsas sobre suas relações com Cachoeira. Ele identificou e pediu a quebra do sigilo de 50 perfis à Delegacia de Crimes Cibernéticos de Curitiba. Um blog atribui a Francischini envolvimento na morte de um juiz no Espírito Santo.

- Essas mentiras vão sendo republicadas na internet e você fica indefeso - lamenta.
No domingo, Francischini denunciou ter sofrido ameaça de morte, depois que um tweet com a marcha fúnebre foi postado no perfil dele.

- Não me afeta ouvir a marcha fúnebre, tocada quando um policial é sepultado, mas isso aflige minha família - disse nesta segunda-feira.

No Twitter e no Facebook ele postou: “Trata-se de uma ameaça de morte contra um membro titular da CPMI do Cachoeira que investiga alguns bandidos travestidos de políticos. Não me intimido, quem lidou com traficantes da pior espécie, não levará em conta um ‘borra botas’ do colarinho branco.”



© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

0 comentários:

Postar um comentário

Postagens populares

Twitter Delicious Facebook Digg Favorites More