O empresário Aluizio Alves de Souza, um dos diretores da empresa Delta
Construções, foi preso hoje pela Polícia Federal (PF) em Belém, onde reside. Ele
é investigado desde o ano passado por envolvimento em suposto esquema criminoso
de fraudes em licitações, superfaturamento, desvio de verbas públicas e
pagamentos indevidos em obras de infraestrutura rodoviária realizadas pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Ceará (DNIT/CE).
A Delta é a mesma empresa que alugou em julho, para o governo do Pará, 450
carros de passeio por R$ 20 milhões para uso em serviço de combate à
criminalidade nas ruas de cinco cidades do Estado. O Ministério Público e o
Tribunal de Contas do Pará investigam o contrato, que apresenta indícios de
irregularidades.
O assessor de imprensa da PF do Pará, Fernando Sérgio Castro, disse que o
diretor da empresa será acusado pelos crimes de corrupção passiva e ativa,
advocacia administrativa, prevaricação, peculato, formação de quadrilha e
lavagem de dinheiro. "Além de ser acusado de todos esses crimes, o empresário
ainda responderá por ter lesado os cofres públicos em uma quantia que chega a
quase R$ 5 milhões", disse Castro.
Operação
Servidores e gestores do DNIT/CE foram presos hoje pela Polícia Federal sob a
acusação de fraudar licitações e desviar verbas destinadas à execução de obras
feitas sob a responsabilidade do órgão. A polícia também prendeu funcionários e
donos de empreiteiras contratadas que faziam parte do suposto esquema.
A operação da PF foi deflagrada na madrugada de hoje. Denominada "Operação
Mão Dupla", a ação contou com a participação de 200 policiais federais e a ajuda
de 32 servidores da Controladoria Geral da União (CGU).
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