A decisão anunciada que impõe rigor na vigilância a parlamentares da CPI ao acessarem as informações supostamente sigilosas da Operação Vegas e Monte Carlo, é uma afronta à própria instituição. É como se devessem os parlamentares, ser submetidos à revista, como se fossem parentes de Cachoeira em visita ao Presidio da Papuda. Essa providencia é inusitada sobretudo se considerarmos que os inquéritos que deram origem à comissão parlamentar de inquérito já foram devassados pela imprensa nacional. A atitude vai além da hipocrisia. É parte da estratégia de dominação da CPI com o objetivo de direcionar as investigações. A questão de ordem que formulei verbalmente nesta semana, formularei por escrito na primeira oportunidade. Pedirei o fim do segredo de justiça neste escândalo. Temos jurisprudência firmada. Citarei os julgados referentes à Operação Pasárgada. Destacarei decisões monocráticas dos ministros Paulo Galotti e Celso Mell0 que sustentam ser possível suspender o sigilo diante de fatos relevantes e da imposição do interesse público. Ademais CPI se instala para revelar e não para esconder! A justificativa mais sólida está na resposta à pergunta que insisto em formular: A quem interessa o sigilo?
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