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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Senado paraguaio aprova impeachment contra Fernando Lugo #POLITICA #PARAGUAY

Votação obteve a maioria absoluta, com 39 votos a favor da condenação e quatro contra; presidente já havia afirmado que respeitaria decisão do Senado do Paraguai

O Senado paraguaio aprovou, no final da tarde desta sexta-feira (22), o processo de impeachment contra o presidente Fernando Lugo. A votação obteve a maioria absoluta, com 39 votos a favor da condenação, quatro contra e duas abstenções; 30 votos eram necessários para aprovar o impeachmente de Lugo, que agora deve deixar o poder ser substituído pelo vice-presidente, Federico Franco.

O pedido já havia sido aprovado por quase unanimidade (73 votos a 1) na quinta-feira na Câmara dos deputados, e chegou no mesmo dia à casa dos senadores. A decisão implica no fim da presidência de Lugo, desde 2008 no poder. Seu mandato iria até agosto de 2013.

Os trabalhos no Senado começaram nesta sexta por volta do meio-dia, quando a equipe de defesa de Lugo se pronunciou, sem a presença do presidente, por cerca de duas horas. Seguiram-se apreciações dos senadores e nova rodada de manifestações da acusação dos deputados e dos advogados do mandatário. Assim, o impeachment foi sugerido e aprovado em menos de 36h.

Enquanto as partes presentes no Senado debatiam o futuro do presidente, a comunidade latino-americana chamava forte atenção para o processo político em curso no Paraguai. A manifestação mais forte foi da União das Nações Sul-americanas, que, por meio de uma equipe especial de chanceleres enviada a Assunção, declarou que o impeachment significaria uma ameaça à ordem constitucional e à democracia na América Latina. No horizonte, acena-se para um isolamento político do país.

Fernando Lugo, ex-bispo eleito em 2008 pela Aliança Patriótica para a Mudança (Alianza Patriótica para el Cambio), primeiro anunciou que aceitaria o julgamento, embora declinasse qualquer chance de renúncia. Hoje, contrariando as expectativas, Lugo não se fez presente no Senado e, mais tarde, anunciou que respeitaria o julgamento do Senado.

Terra

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